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Câmara deve instaurar CPI com pedido de cassação contra prefeita
20/12/2013 12:44:27
 
 
 

 

 

Fonte : Tribuna do interior

Da Redação

A Câmara de Vereadores de Campo Mourão estuda instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com pedido de cassação contra a prefeita de Campo Mourão, Regina Dubay (PR). A informação foi repassada ontem pelo presidente do Legislativo, vereador Pedro Nespolo (SDD). A CPI pode ser criada depois de a prefeita ter declarado durante entrevista na semana passada, a uma emissora de rádio da cidade, que demitiria a superintendente do Fundo de Previdência dos Servidores (Previscam), Zulméia Aparecida da Silva, como medida de retaliação à vereadora Vilma Terezinha (PT), que votou contra a intenção de Regina de poder remanejar 20% do total do orçamento previsto para 2014, de R$240 milhões.

Nespolo informou à TRIBUNA que a Câmara fez a degravação da entrevista de Regina e faz agora um ‘estudo jurídico’. “Vamos investigar. Não está descartada a possibilidade da criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) ou até um processo de cassação”, ponderou. O presidente disse ainda que será levantado se os vereadores estão tendo o livre arbítrio de votar de acordo com suas convicções ou se estão sendo pressionados por causa de cargos indicados na administração.        

Durante entrevista, que foi ao ar na quinta-feira, no programa “Jornal 100”, Regina disse que não “tinha nada” contra Zulméia, mas ela era indicação de Vilma. “Se não confiaram na prefeita, não tem por que continuarem fazendo parte da administração”, declarou Regina. No decorrer da entrevista, a prefeita disse ainda que iria fazer mais demissões nos próximos dias de pessoas que teriam sido indicadas por vereadores antes considerados aliados.

Nespolo acrescentou que ouviu a entrevista da prefeita por inúmeras vezes. Ele considera as declarações dela ‘extremamente graves’. Segundo o vereador, a prefeita deixa os vereadores da base em situação constrangedora, coloca em dúvida o poder de decisão dos vereadores, pressiona os servidores comissionados e gera insegurança na administração mediante a aceitação ou não dos vereadores nas ordens de votação. “No meu entendimento, voto não tem que ter acerto de cargo. Voto é algo sagrado”, ponderou.

 

 

 

 

Walter Pereira

Jornalista