Foto / Walter Pereira
Por Walter Pereira/Tribuna do Interior
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), de Maringá, ofereceu nesta terça-feira, denúncia à Justiça contra
quatro servidores públicos da prefeitura de Campo Mourão. O Ministério Público
denunciou os funcionários por associação criminosa, cuja pena varia de três a
oito anos; e crime de corrupção passiva, de dois a 12 anos de reclusão. Os
nomes dos acusados não foram divulgados. A denúncia, de 33 páginas, assinada
pelo promotor de Justiça Laércio Januário de Almeida, foi encaminhada à 1ª Vara
Criminal da Comarca de Campo Mourão.
No dia 5 de fevereiro, o Gaeco já havia efetuado a prisão em
flagrante do diretor da Secretaria da Saúde, Anselmo Camargo. Ele é servidor de
cargo comissionado, que seria incumbido da arrecadação. Segundo as
investigações, iniciadas há cerca de quatro meses, alguns servidores do alto
escalão da prefeitura recolhiam uma contribuição mensal de servidores
comissionados. Parte dos valores arrecadados seria destinada a pagamentos de
honorários advocatícios para defesa em demandas eleitorais em favor da prefeita
Regina Dubay (PR) e realização de eventos religiosos.
Foram denunciados ainda outros oito servidores
comissionados, pelo crime de falso testemunho qualificado, cuja pena prevista
varia de dois a seis anos de prisão. Segundo informações, eles teriam
apresentado falsa justificativa de que as contribuições que fizeram seriam para
evento comemorativo e porque negaram a existência do esquema, contrariando
provas apresentadas pelo MP na denúncia. Leia a reportagem completa na versão
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