Do G1 PR
Mandados de busca e apreensão e de prisão foram cumprindo
durante esta quarta-feira (21) pela Polícia Civil do Paraná para desarticular
uma quadrilha que utilizava irregularmente o nome da Maçonaria para aplicar
golpes em Curitiba e em Campo Largo, na Região Metropolitana.
Os suspeitos, de acordo com a polícia, angariaram cerca de R$
4 milhões, com a promessa de que os contribuintes teriam retorno financeiro.
A quadrilha mantinha a Grande Loja Mista do Rito
Memphis-Misraim, um luxuoso templo em forma de castelo, em Campo Largo, como a
suposta sede da Maçonaria.
O grupo também utilizava programa televisivo e também uma
página na internet para conquistar novos participantes. Já foram identificadas
20 vítimas, mas a polícia acredita que mais pessoas tenham sido enganadas.
Com o nome de Castelo de Areia, a operação é fruto de dois
meses de investigação. Segundo o delegado chefe da Delegacia de Estelionato e
Desvio de Cargas de Curitiba, Marcelo Lemos de Oliveira, o golpe era aplicado
há anos. “Eles montaram uma maçonaria,
mas era tudo golpe para atrair pessoas e angariar dinheiro com as adesões. As
pessoas faziam adesão e começavam a contribuir com determinado valor”,
explicou o delegado, que preferiu não dar detalhes sobre a investigação
enquanto os mandados são cumpridos.
A Maçonaria não convida ninguém para participar da ordem,
entretanto, no site utilizado pelos suspeitos, existe um espaço para os
interessados preencherem uma ficha. Também há divulgação de uma conta bancária
para doações.
Segundo a polícia, o grupo criminoso era bem articulado, com
a divisão clara de funções. Prova disso, complementou o delegado, é que foram
expedidos mandados de prisão preventiva. O homem apontado como o chefe da
quadrilha e a esposa dele já foram presos. Ele tem antecedentes criminais por
estelionato e por apropriação indébita.
O número exato de lesados só será conhecido após a análise de
todo o material que está sendo apreendido por meio dos mandados. A polícia
orienta que as pessoas que suspeitam terem sido vítimas, procurem a Delegacia
de Estelionato e Desvio de Cargas.
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