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Vereador de Roncador pede mobilização das Câmaras sobre reforma política
14/04/2015 08:43:36
 
 

 

 

 

 

 

 

 

Maioria como parlamentares no Brasil, a vida dos vereadores na região de Campo Mourão e no restante do país, pode se complicar nas eleições do próximo ano caso o modelo de reforma política em discussão no Congresso Nacional seja aprovado. A maior preocupação é com o fim das coligações proporcionais, o que prejudicaria principalmente os chamados partidos nanicos. O fim desse sistema põe em risco a reeleição de vários mandatários, pois se for à frente, eles terão que se preocupar em formar uma boa chapa de candidatos dentro do próprio partido para poder atingir o coeficiente eleitoral.  Preocupado com a situação, o vereador de Roncador, Jota Lemos (PROS) está iniciando uma mobilização regional, convocando as Câmaras para que se unam e, juntas cobrem espaço para participar dos debates sobre a reforma política no Congresso Nacional.

 

Segundo ele, um “exército” de mais de cinquenta e sete mil homens e mulheres vereadores, não são ouvidos, nem consultados, mesmo nas decisões que lhes dizem respeito. “Via de regra as decisões políticas no Brasil, são tomadas em Brasília sem que os parlamentares procurem ouvir as suas bases, os Vereadores do Brasil”, criticou Lemos. “Nenhum vereador desse Brasil foi consultado sobre as modificações que se pretende realizar na legislação eleitoral”, emendou.

 

O vereador informou que aproveitará a visita do deputado federal João Arruda (PMDB) hoje ao município para entregar uma lista com a assinatura de vários vereadores da região solicitando a participação das Câmaras nos debates que tratam sobre a reforma política no Congresso. Lemos disse ainda que os vereadores não podem aceitar mudanças que prejudiquem as Câmaras. Segundo ele, mais uma vez, os legisladores municipais estão servindo de “cobaia” nas alterações da legislação eleitoral. “Nós somos os únicos políticos que não têm 13º salário, somos os únicos políticos julgados pela justiça comum, os deputados têm foro privilegiado. Então não podemos aceitar que os poucos mais de 500 deputados decidam por mais de cinquenta e sete mil vereadores. Temos que exigir sermos ouvido”, ressaltou.

 

O vereador acrescentou que visitou vários municípios para colher as assinaturas para entregar a Arruda. “Os que não consegui visitar pessoalmente eu liguei. Peço que a própria população se mobilize para nos ajudar porque são nos municípios que as coisas acontecem”, emendou.

 

 

 

Como funciona a regra atual de coligação para o Legislativo

 

O sistema atual possibilita a união dos partidos durante os pleitos para a escolha de deputados estaduais, federais e para vereadores. Essa união é chamada de coligação. Durante a eleição, o eleitor tem a opção de votar no candidato (voto nominal) ou apenas no partido (voto legenda). Na contagem, quanto mais votos uma coligação obtém (somando os nominais e o de legenda), mais vagas essa coligação terá no Legislativo.

 

Na coligação é bastante comum encontrar candidatos conhecidos como “puxadores de votos”. Esses acabam sendo determinantes na eleição de outros candidatos que ficam fora da margem para eleição.

 

Fonte: Walter Pereira/Tribuna do Interior