A avicultura enfrenta, neste ano, dificuldades devido ao superencarecimento do milho e da soja no mercado interno brasileiro e a diminuição dos estoques públicos nas regiões consumidoras, que aumenta os custos de produção e atinge diretamente a avicultura. A produção do grão no Brasil não tem dado conta da necessidade de consumo interno e, aliada à alta exportação, provoca uma reação em cadeia no agronegócio e na indústria.
Muitos frigoríficos passam por dificuldades e já estão diminuindo turnos de abate para reduzir a produção, além de que, os estoques do setor estão diminuindo. Essas ações objetivam que nas regiões e até mesmo em outros estados que não tem milho ou em frigoríficos quem possuem alguma dificuldade financeira para produzirem a ração em função do alto custo do milho, ocorram situações dramáticas com a morte de frangos por ausência do alimento.
Porém, e felizmente, não é o caso da Unitá que tem por trás do seu abate, duas cooperativas parceiras, Coagru e Copacol, totalmente estruturadas e preparadas para essas oscilações do mercado, com matéria prima em estoque suficiente para a produção de ração, mantendo regularmente o envio do alimento para seus aviários integrados e consequentemente mantendo o número de abate diário de frangos, sem falar da construção da segunda linha de abate que objetiva sair de um abate diário de 180.000 para 380.000 aves dia.
Segundo o vice-presidente da Unitá e Coagru, Cavalini Carvalho, a Coagru e Copacol planejam com antecedência o volume necessário de milho para produção de ração conforme o abate planejado para o ano, por isso não sentem essa escassez do produto.
"Embora tenhamos estoques, a variação cambial interfere em nossos custos de produção, nesse momento é interessante que os abatedouros busquem alternativas para aliviar a falta de milho até que o preço recue no mercado interno principalmente devido à safrinha de milho. Outro detalhe importante é que já tivemos outras crises e com custos de produção elevadíssimos, e quando se passa por uma grande dificuldade, a tendência é sair fortalecido", finalizou Cavalini.
|