Fonte: Tribuna do Interior/ Walter Pereira - Foto: Wlater Pereira
Após um atraso de cerca de três semanas para o início do plantio da safra 2017/2018 da soja por conta da estiagem, os produtores rurais da região aproveitaram as chuvas dos últimos dias e conseguiram colocar os trabalhos em dia, recuperando o tempo perdido por.
Na Comcam, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado a Secretaria de Estado da Agricultura, o plantio já atingiu cerca de 95% de toda a área reservada para a oleaginosa. As chuvas previstas para este fim de semana deverão paralisar os trabalhos novamente, mas sem comprometer o cronograma de plantio daqui para frente.
A expectativa é que a semeadura seja concluída ainda na primeira quinzena deste mês. Conforme o Deral, com exceção de algumas áreas danificadas pelas fortes chuvas das últimas semanas, o clima está favorecendo o desenvolvimento da cultura na região. “De modo geral está muito bom. Tivemos apenas alguns problemas pontuais com as chuvas fortes dos últimos dias, principalmente em terras de áreas arenosas”, comentou o economista do Deral, Anderson Roberto dos Santos.
Em algumas áreas, o produtor terá que fazer o replantio por conta de erosões. Na Comcam, as regiões, cuja cultura está em desenvolvimento mais avançado, são nos municípios de Ubiratã e Campina da Lagoa, onde o plantio é feito historicamente mais cedo. Já em Campo Mourão, Roncador, Iretama e Luiziana, há a maior área ainda a ser plantada.
De acordo com o Deral, a área com a oleaginosa este ano será de 680 mil hectares contra 670 mil em 2016, um aumento de 1,49%. Apesar da expansão da área, o volume de produção será menor: 2,3 milhões de toneladas contra 2,4 milhões no ano passado. Segundo o Deral, em 2016 a produção foi atípica com um volume acima da média.
No Paraná, a soja também terá a área ampliada em 3% - ou 165,5 mil hectares, passando de 5,2 milhões de hectares na safra anterior, para 5,4 milhões de hectares agora. Isso corresponde 91% da área plantada com grãos de verão. A produção esperada, em condições normais de clima, é de 19,5 milhões de toneladas - 2% menor em relação 2016/2017.
PREÇOS
Os preços da soja seguem reagindo no mercado. Iniciou 2017 cotada em R$ 54 a saca de 60 quilos, e agora já alcançou R$ 62. “Porém o valor ainda não está ideal para o produtor, já que chegou a R$ 84 ano passado”, frisou Santos. Segundo ele, a tendência é que o valor se mantenha.
|