Por Fabiula Wurmeister, G1 PR
Inquérito concluído na terça-feira (11) aponta que a morte de Silvana da Silva foi causada por agressões; companheiro teve a prisão preventiva decretada.
O companheiro da mulher de 44 anos encontrada morta em casa, em Ubiratã, no oeste do Paraná, no dia 2 de dezembro, foi indiciado por feminicídio.
O suspeito, que não teve o nome divulgado pela polícia, foi preso em flagrante no dia do crime e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Segundo o inquérito policial, concluído na última terça-feira (11) pelo delegado Ivo Viana, a morte de Silvana da Silva, de 44 anos, foi causada por agressões praticadas pelo companheiro. O casal vivia junto havia um ano.
No dia do crime, o jovem, de 22 anos, disse à polícia que ao acordar, por volta das 7h achou a mulher caída no quarto.
Ainda de acordo com o suspeito, a companheira havia chegado em casa por volta das 3h e que ele até ouviu um barulho como se alguém tivesse caído, mas não se preocupou porque a mulher geralmente chegava bêbada em casa.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas a mulher já estava morta. Ela tinha vários hematomas pelo corpo e afundamento de crânio.
“No curso da apuração foi possível verificar que as declarações dadas pelo convivente da vítima, em boa parte, foram inventadas, como uma possível tentativa de se furtar à responsabilidade penal”, comentou o delegado.
Viana apontou ainda que o suspeito se contradisse várias vezes durante o interrogatório, especialmente sobre os horários em que ele e Silvana teriam chegado e permanecido em casa no dia do crime.
“Aliado a isso, o laudo de necropsia apontou que Silvana foi vítima de agressões físicas e que o corpo possivelmente foi movimentado depois da morte, contradizendo a versão do convivente, no sentido de que apenas teria virado o corpo da vítima quando a viu desfalecida no chão”, completou.
Testemunhas declararam que, apesar de não haver nenhum boletim de ocorrência, Silvana era constantemente agredida pelo companheiro.
O inquérito será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MP-PR). O suspeito não tem advogado constituído.
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