Fonte - G1
Quatro pessoas apontadas como chefes de quadrilha foram presas preventivamente em uma operação da Polícia Federal (PF) contra um grupo especializado no tráfico internacional de drogas na região oeste do Paraná. A ação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (31). Outras duas pessoas também foram presas durante a operação por portee ilegal de armas.
Conforme a PF, o grupo utiliza o transporte da droga em meio a tripas de animais para tentar enganar a fiscalização.
Para isso, alguns investigados têm empresas de beneficiamento de tripas animais na região e as usam para o tráfico.
A PF informou, ainda, que apreendeu três armas de fogo, munição, R$ 10 mil em dinheiro e 11 veículos de propriedade do grupo.
Cerca de 60 agentes cumpriram os 19 mandados de busca e apreensão e quatro dos cinco de prisão em Foz do Iguaçu, Itaipulândia, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Pato Bragado, no Paraná, e Sinop, no Mato Grosso.
Um investigado permanece foragido.
Também foi autorizado pela Justiça o sequestro de dinheiro e imóveis dos investigados e de empresas em nome de cada um deles ou de "laranjas". Os valores não foram divulgados pela PF.
Investigação
As investigações começaram no ano passado depois da polícia apreender cargas de maconha oriundas do Paraguai e com destino aos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.
O delegado responsável pela operação Hilbert Zandomeneco falou sobre a atuação da quadrilha na região.
“A investigação começou em maio do ano passado a partir de apreensões de drogas na região de Foz do Iguaçu. [...] Nesse monitoramento a gente verificou pelo menos cinco ocorrências de tráfico de drogas. Movimentavam pelo menos R$ 500 mil, R$ 600 mil por sema. [..] Pelo menos desde 2018 utilizavam essas empresas para a distribuição de drogas”, afirmou o delegado.
Durante as ações, foram 12 pessoas presas e mais de 20 toneladas de maconha apreendidas.
Também foi identificado, segundo a PF, que o grupo se envolveu em pelo menos cinco ocorrências de tráfico internacional de drogas.
Eles devem responder por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico internacional. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 41 anos de prisão.
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