O Deputado Estadual João Arruda,
que é sobrinho do Senador Roberto Requião, divulgou nota à imprensa onde
expressa sua indignação e revolta com o que qualifica como "um golpe no
partido, patrocinado pela atual direção estadual.
Eis a nota:
“O PMDB do Paraná voltou a viver
dias de ditadura esta semana. Ao dissolver, de forma arbitrária e unilateral
mais de 70 diretórios eleitos democraticamente, a atual direção estadual agiu
de forma irresponsável, rasgando o estatuto partidário. É uma decisão sem
qualquer respaldo legal.
A atual direção do PMDB passou
por cima de uma atribuição do Diretório Estadual. A famigerada reunião de
segunda-feira (03/06) contou com apenas sete membros. Eles passaram por cima de
diretórios formados e eleitos com a participação de milhares de peemedebistas
que votaram nas convenções municipais.
Entre os diretórios dissolvidos
está o de Curitiba, cujo presidente é o Senador Requião, cuja militância se
confunde com a história do PMDB. Requião foi eleito três vezes governador e
duas vezes senador através do voto direto da população.
Nesta decisão mais um exemplo da
arbitrariedade da atual direção. Não foi dado direito à ampla defesa nos prazos
legais, como sempre ocorreu no PMDB. Os peemedebistas, que ao longo de tantos
anos elegeram grandes lideranças do Paraná, estão chocados com esta atitude
deplorável.
Este golpe no partido,
patrocinado pela atual direção estadual, aconteceu a poucos dias de uma
convenção que daria oportunidade de participação de mais de 10 mil filiados, só
em Curitiba.
O PMDB, que nasceu MDB, foi o
único partido que se contrapôs ao regime de exceção nos anos de chumbo da
ditadura militar. Muitos militantes peemedebistas sofreram torturas, outros
tantos morreram, defendendo a democracia, a liberdade de expressão e o direito
ao voto.
Na justificativa da decisão, a
direção atual tomou como base uma resolução criada pela antiga direção
estadual. Esta resolução fala em possibilidade de dissolução, como forma de
abrir um debate com os diretórios que não elegeram vereadores e não em uma
canetada.
Como coordenador da bancada do
PMDB na Câmara, vou procurar o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha, o
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves e o presidente nacional do PMDB, o
vice-presidente Michel Temer e o senador Valdir Raupp.
Diante desta irresponsabilidade
patrocinada pelo atual presidente, vou buscar apoio Jurídico em todas as
instâncias possíveis.
Os defensores da democracia não
podem se calar diante desta atitude que estamos vendo agora no PMDB.
Será que a ganância pelo poder
deve sobrepor o desejo de milhares de peemedebistas que elegeram os diretórios
dissolvidos?”
João Arruda
Deputado Federal do PMDB do
Paraná
Fonte: Reportagem: PNSR- Portal de Noticias Sentinela Regional
Edição: Enio Jorge Job