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  Estiagem reduz em 12% a expectativa de colheita de soja no Paraná e adia recorde. Produtores de milho perdem 100 mil toneladas  
  Publicado em 26 de Fevereiro de 2014  
       
 

 
 
 
Estiagem reduz em 12% a expectativa de colheita de soja no Paraná e adia recorde. Produtores de milho perdem 100 mil toneladas

Se falta de chuva e calor intenso persistirem, perdas podem chegar a 2,5 milhões de toneladas.

 

Autor: Carlos Guimarães Filho – Gazeta do Povo

A seca e o calor de janeiro e fevereiro adiaram a safra recorde de soja no Paraná. O clima reduziu a colheita estadual da oleaginosa em 2 milhões de toneladas (12% da estimativa inicial de 16,5 milhões de toneladas), apontou ontem a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). No milho, foram perdidas 100 mil toneladas (2%, restando 5,5 milhões de toneladas). Com base nos preços atuais, perderam-se R$ 2,2 bilhões.

Caso a falta de umidade persista, a quebra pode chegar a 2,5 milhões de toneladas de soja, disseram os técnicos da Seab. A colheita aproxima-se da metade. As regiões Norte e Nordeste do estado foram as mais afetadas. Em Cornélio Procópio (Norte), o recuo é de 50%.

O produtor Édino Nóbrega, de Campina da Lagoa (Centro-Oeste), esperava colher 3,8 mil quilos por hectare de soja, mas confirma média de 2,6 mil, 40% a menos. Por pouco, a renda (R$ 2,7 mil por ha) não encosta nos custos de produção.

“No início de janeiro, as lavouras estavam de encher os olhos. Daí tivemos 50 dias de altíssima temperatura chegando a 70 graus no meio da lavoura. Essas perdas frustram a ideia de uma safra abundante”, disse o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.

A quebra terá reflexo na temporada 2014/15. A seca desclassificou cerca de 100 mil toneladas de sementes produzidas no Paraná. A Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem) estima uma produção de 3 milhões de sacas de 50 quilos, o que obriga o estado a recorrer à inscrição de novas áreas ou disputar a produção de estados vizinhos. Há temor ainda de redução nos investimentos em tecnologia, o que pode gerar queda na produtividade.

As cooperativas reveem projetos industriais. Empresas do Norte e do Nordeste, regiões mais atingidas, aguardam a concretização dos resultados para confirmar investimentos. “Essas regiões terão movimentação menor e, automaticamente, impacto no faturamento da agropecuária. Os planos em execução continuam. Mas talvez haja uma postergação dos novos projetos”, afirma o gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra.

 
 
 
 
     
 

 
 
     
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