Foto: Reprodução / RPC TV
Do G1 PR, com informações da RPC TV Foz do Iguaçu
Promotores do Ministério Público do Paraná (MP-PR) realizaram uma operação de busca e apreensão na Câmara Municipal de Palmas, na região sul do Paraná, nesta quarta-feira (26). O objetivo deles era recolher documentos que possam comprovar a existência de irregularidades na prestação de contas da Casa. Segundo o MP, foram apreendidos documentos e computadores usados para fazer a contabilidade do legislativo.
A operação foi deflagrada após o MP-PR receber denúncias a respeito de desvio de dinheiro público ocorrendo desde o começo deste ano. Nesta quarta-feira, a Câmara ficou interditada durante quase todo o dia, enquanto um oficial de justiça e três promotores cumpriam um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. “Nós buscamos verificar se as contas pagas, ou seja, cheques emitidos, correspondem às notas de empenho emitidas, um documento legal necessário para verificar se a contabilidade da Câmara está em dia ”, explicou o promotor David Kerber de Aguiar.
Conforme o MP-PR, os materiais apreendidos foram levados para a sede do MP-PR em Palmas. As apreensões fazem parte de uma medida cautelar e, agora, os promotores têm 30 dias para investigar as possíveis irregularidades nos gastos da Casa. “Foram a partir das irregularidades encontradas no Portal da Transparência que nós coletamos indícios de falta de lançamento e empenho, por exemplo, que nos motivaram a fazer um pedido judicial de busca e apreensão”, disse a promotora Juliana Batomé.
Caso o MP consiga comprovar as irregularidades, o presidente da Câmara de Palmas, o vereador Adilson Piram (PMDB), poderá responder por improbidade administrativa. O parlamentar foi procurado pela reportagem para comentar o assunto, mas não foi encontrado.