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  Deu início na manhã desta quarta-feira a Greve dos Professores da rede Estadual de Ensino.  
  Publicado em 23 de Abril de 2014  
 
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Deu início na manhã desta quarta-feira a Greve dos Professores da rede Estadual de Ensino.

 

 

Os professores da rede pública estadual de ensino em Campina da Lagoa deram início a partir desta quarta-feira (23) a uma greve por tempo indeterminado, seguindo orientações do sindicato que representa a categoria no estado, a greve se estende a todo o Estado do Paraná.

A previsão do sindicato, é que as cerca de 2,1 mil escolas tenham o funcionamento afetado pelo movimento e que a maior parte delas fique sem aulas. A Secretaria Estadual de Educação (Seed), no entanto, determinou que “as escolas estaduais do Paraná deverão ficar abertas para receber os alunos.”

No caso de não haver aulas, a orientação da Seed aos pais é para que procurem os diretores das escolas para saber quando serão repostas as aulas. O órgão esclareceu, em nota, que para que as horas-aula sejam contabilizadas como cumpridas – tanto pelos alunos quanto pelos professores –, é necessário haver “condições de trabalhar de forma habitual, com presença de qualquer número de alunos.”

A presidente do Sindicato dos Professores do Paraná (APP Sindicato), Marlei Fernandes de Carvalho, disse que nesta quarta-feira (23) cada cidade terá manifestações próprias. Apenas em Curitiba haverá concentração de professores da capital e da RMC no Centro Cívico, em um ato público que deve começar às 10 horas. “Na semana que vem vamos trazer a categoria para uma grande marcha aqui em Curitiba”, promete. Marlei antecipou que a programação do movimento foi feita com a possibilidade de se estender por semanas, “se for necessário.”

A sindicalista diz que o fator de maior peso na hora de os professores aprovarem a greve em assembleia foi o descumprimento pelo governo do estado de compromissos assumidos nas negociações no fim do ano passado. “Na nossa opinião, o governo interrompeu o processo de negociação e ele fornece explicações que não são as mesmas explicações que nós constatamos.” Como exemplo do descontentamento a dirigente cita a não implementação da hora-atividade de 33% (tempo para professor preparar aulas e se dedicar a outras atividades ligadas à docência) e a inexistência de plano de saúde para a categoria.

Em nota, a Seed divulgou uma lista de quatro grandes pautas de negociação, envolvendo hora-atividade, salário, pagamento de promoções e concurso público. Em cada segmento há a previsão do impacto nos cofres públicos para a implementação da medida e o prazo de implementação (leia a nota na íntegra). Não é citada no documento a questão dos planos de saúde. O governo rebate a reivindicação dos professores de que prazos não foram cumpridos, defendendo que o que não foi honrado está em fase de implementação ou tem prazo para ser executado.

A pauta dos professores é apresentada com uma divisão diferente, com oito grandes temas: salário, saúde e condições de trabalho, benefícios a funcionários da educação, benefícios de professores, reformulação de carreira, contratos temporários, direito a organização sindical e aspectos pedagógicos. No posicionamento da Seed, parte desses temas não foi mencionada. A assessoria da secretaria informou que o posicionamento do órgão seria feito apenas pelas notas que foram divulgadas.

Fonte: Antonio Senkovski - Gazeta do Povo

 
 
 
 
     
 

 
 
     
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