Campina da Lagoa/PR -  
  Enquetes   O portal   Classificados   Fale Conosco   Guia Comercial  
 
 

  Reajuste do IPTU gera polêmica em Peabiru  
  Publicado em 25 de Março de 2014  
 
Envie por email
 
 

 
 
 
Reajuste do IPTU gera polêmica em Peabiru

 

Por Walter Pereira – Foto Clodoaldo Bonete

A atualização dos valores de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) está gerando polêmica em Peabiru. Muitos moradores estão revoltados com o aumento e classificam o reajuste da taxa como abusivo. Para se ter ideia, em alguns imóveis o valor mais que triplicou: de R$ 1,4 mil em 2013 saltou para R$ 5,1 mil este ano. “É um valor abusivo”, criticou a comerciante Edineia Andrade. Ela disse que não terá condições de pagar a quantia.

Na cidade, moradores estão fazendo um abaixo-assinado e entregará o documento ao Ministério Público e Câmara de Vereadores. O objetivo é que os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário se reúnam e revejam o reajuste da taxa.

A TRIBUNA conversou com o prefeito Claudinei Antonio Minchio (PT) sobre o caso, que explicou que os valores aumentaram porque a planta genérica do município passou por atualização neste ano. Segundo ele, estava desatualizada desde 2001.  “Tínhamos lotes no centro de Peabiru com valor venal de R$600”, apontou.

Com a mudança, um terreno avaliado em R$ 100 mil, por exemplo, o município aplicou o valor venal sobre o mesmo em 25%, mais 1% de alíquota em casso de lotes ocupados e baldios 3% do valor venal. “Fizemos o levantamento do valor médio por região, em cima da média calculamos 25% daquele valor e colocamos como valor venal”, reiterou Minchio.

O prefeito informou que uma comissão de análise, formada por imobiliárias, representantes do poder Legislativo e Executivo e da Associação Comercial e Empresarial de Peabiru fez os estudos para chegar ao reajuste atual. “Alguém tinha que fazer este trabalho e coube a mim. Deu um susto no morador porque o valor ficou defasado por muito tempo”, ponderou.

Minchio frisou que está mantendo as subvenções a pessoas aposentadas e famílias carentes no município. Ele informou que o imposto com os valores defasados estava gerando ônus ao município, o que vinha implicando na redução de investimentos em infra-estrutura. “Eu não posso continuar negando receita ao município. Este valor a mais que vamos arrecadar retornará em benefício para a comunidade. Vamos ter uma receita própria para caminharmos com nossas próprias pernas”, emendou.

Arrecadação dobrada

Com o reajuste, Minchio acredita que a arrecadação com IPTU no município dobrará este ano. Em 2013 a cidade arrecadou com o imposto R$ 800 mil, para este ano ele espera R$ 1,6 milhão.

Taxa do lixo separada

Este ano, além do reajuste do IPTU, a surpresa aos moradores ficou também por conta da taxa de lixo, cobrada em um carnê separado ao do Imposto Predial. Segundo Minchio, existia no município até ano passado, apenas a taxa de limpeza pública. Por ano, o serviço custava R$ 17 aos moradores. A coleta era prestada pela própria prefeitura. De acordo com o prefeito, além da ineficiência do serviço, os caminhões coletores eram da década de 70, em condições lastimáveis de uso.

Minchio explicou que para mudar a situação, e até mesmo atendendo a um Termo de Ajuste e Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público, que vinha sendo descumprido desde 2002, optou pela terceirização da coleta. Atualmente a Trans-Resíduos, de Maringá, faz a recolhimento do lixo na cidade e transporte para um aterro sanitário de Maringá. “Antes todo lixo de Peabiru era descartado em um lixão a céu aberto, o que estava ocasionando problemas ambientais”, frisou.

Segundo o prefeito, caso não cumprisse o TAC com o MP, o município poderia receber multa cujo valor poderia chegar até R$ 2,5 milhões. Ele explicou que a prefeitura fez estudo e chegou a conclusão que a construção de um aterro sanitário seria inviável. Para o investimento, teria que desembolsar em torno de R$ 700 mil, o valor dobraria com a manutenção. Já para o transporte do lixo a Maringá, segundo o prefeito, custa aos cofres públicos cerca de R$ 66 mil mensais para uma média de 230 mil toneladas, pouco mais de R$792 mil anuais.

A cobrança está sendo diferenciada para imóveis residenciais e comerciais. Até 10 quilos de lixo por dia, o morador comum paga uma taxa mensal em torno de R$ 11. Já para donos de estabelecimentos comerciais, a taxa é de R$ 24 por mês. Anualmente o morador comum paga pelo serviço em torno de R$ 130 já o comerciante R$ 240. A coleta é feita no município segunda, quarta e sexta-feira e durante feriados. “Estamos abertos a esclarecer todas as reclamações. A pessoa que tiver alguma dúvida pode chegar à prefeitura e fazer um requerimento para análise”, orientou.

 
 
 
 
     
 

 
 
     
Publicidade

 

 


Portal do vale - desenvolvido por Oberdan.com