Por Valter Velozo -
Foto: Valter Velozo/Tribuna do Interior
A Polícia Civil de Campo Mourão apresentou na tarde desta segunda-feira (19) à imprensa, um homem acusado de ser o autor do assassinato de Aneliese Daiane Pita Urague, 30, morta no último domingo em uma obra em construção no jardim Shangrilá. De acordo com informações do delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, Amir Roberto Salmen, o homem de 31 anos foi preso em sua residência no início da tarde de domingo (18). Ele confessou ser o autor do crime que chocou a cidade.
“Inicialmente chegamos a prender e interrogamos um suspeito, mas verificamos que ele não tinha nada a ver com o caso. Continuamos com as investigações, onde os policiais da divisão de homicídios trabalharam com muito afinco no caso e, no domingo por volta das 12h30, chegamos a autoria e prendemos a pessoa que tirou a vida da Aneliese”, disse Salmen.
De acordo com o delegado, o preso confirmou que se encontrou com a vítima no dia 11, data em que aconteceu o crime. Eles teriam marcado um encontro por telefone na praça do Fórum. Do local, o assassino convenceu a mulher a ir a pé até o sobrado em construção, onde, inclusive ele já havia trabalhado. “Por isso ele conhecia bem o local”, disse o delegado.
Segundo a polícia, no local o casal trocou carícias e, em determinado momento, o criminoso e a vítima tiveram uma discussão porque a moça queria, a todo custo, reatar o relacionamento entre os dois. “Houve o desentendimento. Ele disse que empurrou ela, que teria batido com a cabeça no chão desfalecida”, comentou Salmen. Segundo ele, a versão não convenceu a polícia. “Vamos continuar com as investigações, a mulher apresentava várias contusões na cabeça que não bate com a versão apresentada pelo acusado. Quanto a possibilidade de ter acontecido um estupro, só a perícia, através de exames realizados pelo Instituto Médico legal (IML) é que pode confirmar. Estamos aguardando essa informação do IML”, emendou.
O homem permanece preso no mini presídio de Campo Mourão, inclusive a prisão preventiva dele já foi decretada pelo poder Judiciário. Ainda segundo o delegado a vítima e o preso tiveram um relacionamento em 2013. “De lá para cá eles perderam o contato e na semana passada passaram a fazer troca de telefonemas e mensagens”, informou. O celular do homem foi apreendido e a polícia confirmou que as últimas 25 ligações entre eles partiram do aparelho dele. “Nós da Polícia Civil acreditamos que o preso seja o autor, mas quem vai poder dizer se ele é culpado ou não é a Justiça no final do processo. Colhemos todas as provas que indicam que ele realmente matou Aneliese”, acrescentou Salmen.