FONTE: Jornal de Notícias de Portugal
Dois cientistas europeus decidiram investigar qual a quantidade de presas que a população mundial de aranhas consome anualmente e chegou a uma conclusão inquietante para quem sofre de aracnofobia: em teoria, todas as pessoas do mundo não chegavam para alimentar os aracnídeos durante um ano.
Se as aranhas mais comuns que nos habituamos a encontrar no dia a dia consomem maioritariamente insetos, as espécies de maior porte podem alimentar-se de lagartos, aves ou até pequenos mamíferos. Mas qual a quantidade de biomassa necessária para as satisfazer?
Com a questão em mente, dois biólogos europeus decidiram calcular a massa total de presas consumidas anualmente pelos aracnídeos, sendo que mais de 90% das presas são insetos e da ordem das Collembola. Recorrendo dois métodos distintos de estimativa, os dois cientistas concluíram que as aranhas consomem entre 400 milhões a 800 milhões de toneladas de presas por anos.
Para ter um número com que se possa comparar este número, os seres humanos consomem anualmente cerca de 400 milhões de carne e peixe por ano. Mas levando as comparações de números a um extremo, o "Washington Post" decidiu comparar o valor consumido pelas aranhas com o peso de todos os seres humanos e chegou à conclusão que se nós fossemos as presas, os aracnídeos iriam passar fome. Os sete mil milhões de humanos do planeta pesam apenas cerca de 357 milhões de toneladas.
Para chegar a estes números, o estudo de Nyffler e Birkhofer estimou que a densidade global de aranhas é de 131 animais por metro quadrado, mas lembra que há registo de locais com mais de mil nessa mesma área, dependendo das condições. O mesmo texto do jornal norte-americano lembra que um estudo elaborado na Carolina do Norte estima que haja aranhas em 100% das casas daquela estado norte-americano.