Fonte: Globo.com
O consumo de café está relacionado com o menor risco de mortalidade de várias causas, incluindo doenças cardiovasculares e problemas do aparelho digestivo. Não estamos falando simplesmente de um artigo científico fruto de um estudo qualquer. É na verdade a maior pesquisa já realizada sobre o assunto até hoje, na qual cientistas de vários centros de pesquisa estudaram cerca de meio milhão de pessoas de 10 países da Europa.
O resultado foi comunicado por pesquisadores do International Agency for Research on Cancer (IARC) do Imperial College de Londres e publicado no Annals of Internal Medicine. O estudo acompanhou 521.330 pessoas durante 16 anos! Segundo o Doutor Gunter, um dos líderes da pesquisa, o maior consumo de café estava associado com uma sensível melhora da função hepática (função do fígado) e uma significativa melhora da função imunológica.
Os pesquisadores ressaltam nas conclusões do estudo que o consumo de café não somente é seguro, como na realidade tem um efeito de proteção para a saúde. No entanto, eles dizem que serão necessários mais estudos para melhor investigar quais os mecanismos dessa “proteção” para a saúde que o café promove, como também o papel de todas as diferentes substâncias que fazem parte da composição da bebida.
É curioso que a própria cafeína que é um dos componentes do café é até certo ponto estigmatizada, sendo frequentemente associada com riscos cardíacos. É sabido que a cafeína de fato está associada com aumento da incidência de arritmias em pessoas já portadoras de determinados problemas cardíacos, porém seu consumo é comprovadamente seguro em pessoas sadias.
Além disso, estudos têm comprovado um benefício da cafeína para melhora do humor, sendo um excelente aliado no combate à depressão. Vale lembrar que o “Dietary Guidelines for Americans” , que é o guia de orientação nutricional do governo americano, recomenda o consumo de 3 a 8 xícaras de café por dia o que corresponde a cerca de 400 mg de cafeína.