Fonte: http://paranaportal.uol.com.br
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) recebeu, na manhã desta quarta-feira (16), uma intimação do PMDB comunicando abertura de processo de expulsão dele da sigla. O pedido foi formalizado pela Secretaria Nacional da Juventude do partido e encaminhado a Comissão de Ética do PMDB. Em resposta, o senador disse que vai protocolar o pedido de expulsão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o afastamento do presidente nacional do partido, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
A informação foi divulgada pelo próprio senador em uma live no Facebook. “Acabo de receber uma intimação do partido para eu responder em 15 dias, um pedido de expulsão formulado pela Juventude do PMDB. Meu Deus, que juventude temos nós agora?”, questionou.
De acordo com Requião, a justificativa é que ele estaria desobedecendo os princípios do partido.
“Me expulsar do PMDB porque eu estaria agindo em desconformidade com os princípios do partido, com as teses do partido. Ninguém mais do que eu defende os princípios do velho e verdadeiro PMDB de guerra”
No vídeo, o político disse que vai sanar todos os questionamentos a respeito do caso e vai cobrar um posicionamento do PMDB.
“Eu não vou deixar barato essa atitude que tomam contra mim. O PMDB tem que se pronunciar. Vamos ver se o PMDB é o partido do pessoal da tornozeleira com mil processos de desvio de dinheiro público ou é aquele PMDB que trouxe o Brasil para democratização depois da Ditadura”, destacou.
CUNHA E JUCÁ
Ainda como resposta, o senador garantiu que vai “forçar o PMDB a uma discussão mais profunda” pedindo a expulsão de Eduardo Cunha e o afastamento do presidente nacional do partido, senador Romero Jucá, ambos companheiros de partido.
“Eu estou encaminhando hoje ao diretório nacional o pedido de expulsão do Eduardo Cunha, que está preso e condenado, e o pedido de afastamento do senador Romero Jucá. Pelas posições contrárias a Constituição Cidadã, pelas propostas contrárias ao documento de desenvolvimento que é a base do nosso partido e até que ele solucione todas as acusações que contra ele pairam no Supremo Tribunal Federal. Ele precisa se dedicar em tempo integral a sua defesa e o partido não pode ser comandado por quem tem tanto compromisso pessoal e tantas questões a resolver”, declarou.