Por Walter Pereira
O prefeito de Campo Mourão, Tauillo Tezelli (Cidadania), está preocupado com o afrouxamento pela população das medidas de prevenção ao coronavírus (Covid-19) no município.
Em live transmitida às 18 horas desta sexta-feira (12), ele afirmou que as coisas estão fugindo do controle e anunciou que na próxima semana haverá decreto com novas determinações de enfrentamento ao vírus. “Mercados não estão mais controlando o número de pessoas, está acontecendo aglomeração nas ruas e bares”, lamentou.
Segundo o prefeito, a própria população, preocupada com a situação, tem feito várias denúncias nos últimos dias à prefeitura. “Ao flexibilizar a abertura do comércio tivemos momentos que não surgiram casos, mas agora estão aparecendo muitas pessoas contaminadas. Vamos nos reunir na próxima semana com prefeitos da Comcam para discutir o que fazer e provavelmente vamos ter um novo decreto”, avisou.
Boletim coronavírus
O secretário de Saúde de Campo Mourão, Sérgio Henrique Santos, anunciou os dados atualizados do “Boletim Coronavírus”. O município confirmou mais um caso de Covid-19 de quinta-feira para sexta, aumentando para 73. Há ainda 15 casos suspeitos em investigação, 56 pessoas monitoradas, 1.010 casos suspeitos descartados, 54 pacientes recuperados e 4 óbitos.
Santos falou que os números do Covid-19 são preocupantes em Campo Mourão e acendem a ‘luz amarela’. Para se ter ideia, no boletim de 31 de maio a cidade tinha 53 casos confirmados, de lá para cá aumentaram para 73. Ou seja, são 20 novos casos em apenas 13 dias. “São números muito preocupantes. Mais do que ascende o sinal de alerta. A nossa maior preocupação é a ocupação de leitos”, disse.
Atualmente, 6 dos 15 leitos de UTI-Covid da Santa Casa estão ocupados com cinco pacientes da Comcam e um de Campo Mourão e 8 leitos de enfermaria, sendo quatro do município e o restante da região.
Fiscalização mais rígida
O secretário de Fiscalização e Ouvidoria de Campo Mourão, Cristiano Augusto Calixto, avisou que a prefeitura vai endurecer as fiscalizações. Ele disse que se as multas não forem suficientes, os estabelecimentos flagrados descumprindo as regras serão fechados e terão o alvará cassado.
“Já aplicamos várias multas. Não gostaríamos de aplicar mais, mas pelos números, a comunidade tem nos cobrado muito e não teremos outra alternativa. E se as multas não forem suficientes começaremos a lacrar os estabelecimentos que despeitarem a lei”, ressaltou.
A multa para quem descumprir o decreto varia de R$ 500 a R$ 25 mil.