Na tarde da última quinta-feira (22), uma moradora de Campina da Lagoa usou as redes sociais para relatar um incidente envolvendo seu filho, logo após a saída da escola. O motivo? Fios soltos em via pública, um problema antigo na cidade que segue sem solução.
O caso ocorreu no cruzamento da Rua Vitório Faccini com a Rua Ivo de Deus França, na área central da cidade, onde o garoto se enroscou em um fio caído na calçada. Segundo a mãe, que ficou revoltada com a situação, por pouco a ocorrência não teve consequências mais graves.
“Venho aqui postar minha indignação. Olha a situação que se encontra nossa cidade com esse monte de fio solto. Hoje meu menino saiu da escola e se enroscou em um fio que estava solto na rua, em frente à rádio. Pela graça de Deus teve o livramento de não ter acontecido algo pior. Graças a Deus ele estava de óculos, que também foi riscado. Se não tivesse, poderia ter até furado o olho. Agora eu só gostaria de saber: quem vai se responsabilizar?”, escreveu a mãe.
Perigo visível, solução invisível
A denúncia expõe um problema recorrente: a falta de fiscalização e remoção de cabos inutilizados ou mal instalados pelas prestadoras de serviços, como operadoras de internet e telefonia. Em muitos pontos da cidade, é possível ver emaranhados de fios pendendo sobre calçadas, postes com excesso de cabos e estruturas abandonadas.
Além do risco a pedestres — especialmente crianças, idosos e pessoas com deficiência — os fios baixos também representam perigo a motociclistas e condutores de veículos altos, além de aumentarem o risco de acidentes elétricos em dias de chuva.
A pergunta feita pela mãe — “quem vai se responsabilizar?”
De acordo com normas da Aneel e Anatel, as operadoras são responsáveis por seus cabos, mas cabe ao poder público fiscalizar e notificar irregularidades. Quando isso não acontece, a omissão se traduz em risco direto à população.